segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Caminhando com o Sol


Ando arduamente sobre o Sol, que continua a queimar meus pés. Giro em torno de mim mesmo para me encontrar, tropeço nas mesmas pedras, desabo sobre as mesmas estruturas de pedra e caio nos mesmos buracos.
Vou tocando até que o Sol resolva fazer as pazes e sermos amigos novamente, para caminharmos juntos e rodar por ai, porque sem sua luz não vejo nada.

[Arte por Bruno Fleming]

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Os dias são assim...


Uma cabeça pra pensar, uma cabeça pra usar boné, uma cabeça nascer cabelo, uma cabeça pra ficar careca.
Hoje mais um pequeno texto de Diego, espero que gostem.
Obrigado pela atenção de todos e a todas as visitas.

Os dias são assim

Suba todas as escadas que o levam para o mais alto ponto e salte do trampolim despindo todos os remorsos,
desfaça de seus medos e mergulhe na nostalgia, toque o chão da introspecção como se quisesse transpô-lo
para o outro lado de suas concepções.
Saia pelo globo ocular, pelo olho que tudo vê, para nunca mais voltar a enxergar os erros futuros.
Em um paralelismo irreverente a prova de choque, para que nunca estilhace e o machuque de verdade.
Assistindo de palpebras serradas a um mundo estranho, imerso em alegorias fantasmagóricas que vedam...vedam...
Hoje conheço a ameaça, previnido do passado e irremediavel do futuro.
Assim são todos os dias...

[arte de Bruno Fleming]

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Mais Umaaaa...

Um breve post, devido a nova postagem de musica chama Noite Rum.
Sim ela tem uma sonoridade mais pesada e algumas pinceladas de Alice in Chains.
Espero que gostem e novas críticas são sempre bem vindas, por favor.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Uma Piraaaa...


Bom dia caros amigos, hoje irei postar mais um texto de Diego, espero que gostem e que não se ausentem daqui. Sem muitas palavras hoje, o prórprio post é auto explicativo.


Introspecção

Lembro-me de ter pego no sono em um ambiente estranho, meia luz, meia cortina, meia jogada nos espaço.
Uma voz estranha interrompeu meu pensamento, com um toque perdi os sentidos. Visão tornava-se cada vez mais turva, os ouvidos pulsavam em um andar sincopado com nuances graves de um Mi maior. Meu corpo ausente de qualquer sinal de vida, inerte em uma poltrona marfim, tão dura quanto, mas que se fazia tão aconchegantes quanto as vísceras dos animais mais escalafobéticos.
Quando as cortinas se abriram e as luzes se apagaram por completo decidi me dedicar a esta voz tão rouca, aquelas envelhecidas no malte e tabaco. Vi imagens tão obstantes mas tão próximas que podia toca-las, foi quando senti que podia segurar na mão de Deus, assim escutei por trás de meu cerebelo:
sente-se comodamente na cadeira...e um lacre se rompeu, calando o silêncio presente...
sem cruzar as pernas...isso...exatamente nessa posição...um trago se esvaneceu...
pensar que nem tudo é perto o suficiente pra tocar...
nem tudo é tão longe pra se perder de vista...
não tenha medo do Platão e seu amor...ganhei uma presente imagem de 5 mil anos...
medo de não sentir...
medo de olhar pra trás...
afinal de contas, podemos sempre voar pra longe daqui!!!
Voltei na mesma hora, um pulso atingiu meu peito o qual me projetou para o subsolo da alienação de onde nunca mais saí.


[Arte por Bruno Fleming]

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

VAGO O MUNDO


Boa noite senhoras e senhores, enquanto o time de contratados deste blog não chega (pois as negociações estão dificeis), Nietzsche insiste em dizer que não está doente e nem surtando, Schopenhauer alega que as coisas estão dificeis mas irão melhorar (duvido muito, seu pessimismo anda demais da conta). Depois de lhes explicar o motivo da ausencia do nosso "futuro" time de escritores, deixo aqui um pequeno trecho escrito por Diego e postado por mim (Frank Relva), espero que gostem!
Mais uma vez obrigado a todos que comentam e visitam este blog, um agradecimento em especial ao Bruno Fleming, o qual decora com as cores mais vivas e reais este espaço virtual...um prazer imenso tê-los aqui!


VAGO O MUNDO

Escalei a mais alta onda
para alcançar a mais densa núvem.
Vi noites quentes levarem daqui
os mais sórdidos desejos.

O vento de esperança que inunda
e lhe enche de vida,
foi um sôpro intencional.
Espalhei pétalas por seu caminho
e a dedo escolhi sua vestimenta.

vago pelo mundo...tudo vago

Encheu-se o berçario da desordem mutilada
com fragmentos humanos e de sentimentos

Até o fim da primavera...
estarei junto do sonho reciproco.

[ARTE DE BRUNO FLEMING]