terça-feira, 29 de junho de 2010

Em terra de Narciso, quem tem reflexo é Rei!!!


Debaixo de um céu cinzento sem qualquer expectativa de ver a cor do sol, Frank sentiu-se estranho, inquieto para
ser mais preciso, pois não conseguia enxergar nada com clareza. Se lá encima as coisas não estavam bem, em baixo
muito menos, era como um daqueles dias que se fica em casa juntamente de uma morbidez, a qual fica sentada
na poltrona olhando fixamente para os nossos olhos e repetindo "você está morrendo de preguiça!".
Frank detestava ver a cena de pessoas se escondendo em casa, das ruas ficando desabitadas e dos pombos esperarem
pelas migalhas em praça publica. A essa hora do dia quase não ventava, podia escutar apenas bocejos internos de
pessoas reclamando do que ainda teriam por fazer o restante do dia.
Pela primeira vez Frank sentiu saudades de seu amigo Narciso, um grande amigo que se fazia presente por quase todos
os instantes de sua vida, em frente vitrines, latarias polidas, vidros e derivados. Estaria barbudo? Estaria com
olheiras? Estaria apresentavel pra quando retornasse? Ele nem sabia mais como propriamente era e sua memória ajudava
muito menos. Foi nesta hora que sentiu seu coração bater mais forte sincopado em 120 bpm, o suor escorria a face
como uma mina d'água, seu peito queria explodir com a sensação de desespero assolando a porta da sanidade.
Confesso a vocês que acreditei por alguns instantes que Frank iria sofrer um colapso, acredito que dessa
ele escapou por pouco. Sua vontade de retirar seus olhos para ver sua face era a unica solução para sua aflição que
encontrava no momento, a esta altura não conseguia mais distinguir o possivel do impossivel, o certo do errado e
muito menos Dionísio de Apolo.
Quando se deu por conta, já estava com a mão mergulhada na retina sentindo uma dor incalculavel. Respirou fundo...
lembrou-se que queria apenas estar preparado pra voltar para a terra dos sabios e belos, reencontrar seu amigo que tanto
deixou saudade. Entao apalpou seu rosto e sacrificou-se juntamente com seu olho esquerdo seu grande vicio, que tanto lhe fazia
feliz e que hoje, justamente hoje não esteve presente...saudoso Narciso.

domingo, 27 de junho de 2010

A Plenitude do Inverno


Boa noite senhoras e senhores, a literatura de hoje, isso se é que pode ser chamado de literatura, poderá parecer um tanto quanto mórbida mas é um grito de alegria e libertação. Um voô sem asas para a infinitude da aurora onde tudo começa e termina.

Plenitude

Hoje ao som de fumaça...
Escutei meu coração palpitar sem exitar.
Vi todo azul do mundo, encher e transbordar...
Umidecer a Terra, terra como Relva.

Agora ceder todo calor generoso que habito
para o frio que afaga gentilmente meus ombros.

Para todo bom fim, uma brisa suave à contra luz.



[Arte por Bruno Fleming]

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Se Achegue...


Boa noite a todos!
É com imenso prazer que após seis meses de ausencia volto a postar neste blog. Motivo? Um dia azul de inverno? Friaca? Nãããooo, saudade e coisas a serem ditas.
Vamos então começar por etapas:
Primeiramente, em Janeiro o Relva deu inicio a gravação da primeira demo. Devido a problemas de distancia entre Diego e Paulo, só serão retomadas em Julho. Porém está disponivel no myspace duas prévias das musicas. www.myspace.com/bandarelva

Alguma nova produção??? Acredito que não, apenas desenferrujando a as juntas.

Gostaria de dizer a todos bem vindos e "SE ACHEGUEM!!!", façam a felicidade circundar vocês, juntamente de gargalhadas e olhares cintilantes. Hoje mais do que nunca Beatles cairá perfeitamente "...All you need is love, love is all you need..."

Grato!


"Arte por Bruno Fleming"