quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

uma prosa retrô


Em um dia esfumaçado em meio a tanta neblina, Frank mau conseguia ver o que havia abaixo da sua cintura. Que dia esquisito para começar uma noite que lhe foi proporcionado de tão bom, perspectivas...algo que o engrandece-se.
Enfim, o controle do tempo não cabia a ele e muito a menos o questionar. Afinal de contas "São Pedro" nem sempre colaborava com ele mesmo e quem dirá com Frank.
Levantou-se de um sono profundo e bom e com os olhos fixos no horizonte, porém mal conseguisse abri-los, estava tranquilo e feliz com o que via...um céu cheio de esperanças e mais um monte de sonhos avulsos pairando o ar.
Após o despertar sentiu com vontade de conversar, dialogar e expor suas idéias com alguém, algo ou alguma coisa. Pois bem poi-se a conversar consigo mesmo através de idéias novas e concepções antigas (ultrapassadas diga-se de passagem).
Frank em um suspiro profundo, clamou: "Eis você passado, pessoa experiente em que tudo conhece, a qual vive com uma lanterna pendurada no pescoço...derrubado sob as costas iluminando apenas o que já foi vivido, eu quero desafiá-lo para O QUE SABES DO FUTURO??? Há? quero uma resposta..."
Foi onde então o pseudo-monólogo começou perante a tantas adversidades encontras, algo que nem hoje e nem o futuro irá explicar.
O passado encheu seus pulmões e clamou forte: "eu sei de muitas coisas, sei de como agir, de como se comportar, de como viver plenamente em uma sociedade cheia de hábitos e costumes...eu sou a verdade a ser dita ao conservadorismo!"
Frank resolveu então retrucar: "eu sou o novo, cheio de vida, eu aspiro novas coisas, novas experiências, novos horizontes, eu sou o cara que vai quebrar conceitos e concepções!"
O passando "retrô" apenas disse: "prove-me através de atitudes e não através de palavras vagas e divulgadas ao vento!"
Frank, respirou fundo...mais uma vez respirou...e na terceira resolveu soltar aquilo que estava engasgado com o conservadorismo XXI: "eu aspiro mudanças fáceis, o tempo não é indicador de nada. O seu tempo e o meu tempo são os mesmos, os dias decorrem da mesma forma e a inspiração, a vontade de viver e o apreço pelo que se faz/aquilo que se é...é o mesmo, pois bem....trate de deixar as raízes errôneas para abrir os olhos diante do inesperado. Abra suas concepções diante do novo e almeje como nunca almejas-te tanto. Faça das novas verdades as suas verdades, pois nenhuma verdade é imperdurável e muito menos improrrogável...nada é absoluto.
O passado, mais retrô do que nunca, abaixou sua cabeça...fez um sinal que concordava com o novo propósito. Porém não se sentiu diferente ou ultrapassado, pelo contrário...sentiu uma força tremenda em querer viver, acordar para a vida, e sentir então todo o novo que viria para habitar essa "nova vida" que o esperava. A empolgação tomou conta a ponto de torná-lo menos "cabeça dura" a novas idéias, modos de viver...de vez, resolveu acompanhar aquilo de novo que injetavam a sua nova vida, ou a vida que estaria por vir.

Uma coisa que eu, Frank e você temos que convir: O retrô, o conservadorismo, velhas concepções, e outras manias "antigas" estão por conviver no atual, e ambos tem espaço para o mesmo...podem conviver em perfeita harmonia.

Faremos disso tudo um aprendizado, uma unica harmonia e uma unica vontade unir a todos através do tempo com um toque de "perspicácia" além do comum, viver em paz...

Frank nesse dia, resolveu deixar o seu lado "retrô" para aderir a algo mais "moderno" e "despojado", para sentir-se realmente vivo, afinal de contas por si próprio concluiu que velhos conceitos ou objeções são nada mais do que passado.

Os ventos que sopravam para o Sul misteriosamente resolveram soprar para o Norte, à direção certa para onde tudo deve soprar, para o lado correto, para o bem...
Aos poucos foi-se confortando em boas plumas, blumas e afins...repousou sua cabeça sobre as estrelas; admirou-as e em um piscar de olhos pegou profundamente no sono.



"O que é velho, não é absolutamente velho para deixar de ser bom...e a idade nunca foi e nunca será fator limitante para apreciação" - Diego Teodoro Silva

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